sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Opinião

Mais uma opinião para provocar reflexão(ou turbulência)

Excerto retirado da revista VIDA SIMPLES(Out.2008)

Haja paciência
......................
Cerca de 30 anos atrás,o trabalho era hierarquizado,com funções e tarefas bem definidas.
Hoje o trabalho é em equipe, com diversos graus de chefia e prazos cada vez mais rigorosos.
"Embora o treinamento empresarial ensine a ser combativo, pouco fala da reflexão" diz Alexandre Santilli...
Aquele momento mágico de olhar a situação de fora e tentar ver todos os seus aspectos para encontrar a melhor solução.

A falta desse olhar pode gerar ansiedade, tomadas de decisão
meio "tortas", irritação e impaciência- com o chefe,os colegas e até com a moça que serve o café...

Ritmo próprio

Claro que se a pressão fosse menor, a vida seria mais fácil. Só que, com esse formato de"mais com menos", é quase impensável parar para refletir, observar o furacão de fora.
Mas não é impossível."É preciso desenvolver a noção do tempo de resposta,entender como funciona nas pessoas e ter disponibilidade para compreender o que há por trás de cada um"(A.S.).
A relação com o outro(em qualquer nível) requer uma atitude que demanda paciência:o esforço de nos colocarmos no seu lugar para compreender o que se passa com ele e seu tempo de reação.
E essa exigência de paciência também é com você, porque não é fácil desligar a chave geral da correria para viver um momento humanista.
............."A paciência está ligada ao tempo e ao ritmo de cada um.As pessoas devem prestar atenção porque em geral passam por muitas coisas sem enxergá-las",afirma a psicóloga Neusa Sauaia....
......A esses estressados, a terapeuta mostra que impaciência é uma forma de autoviolência porque eles não se ouvem para saber o que querem, do que gostam."Eu os aconselho a criar um mecanismo que lhes permita terem um tempo só para si.Como se tirassem férias de cinco minutos ou meia hora todos os dias.
..............,o tempo é elemento de peso no aprendizado da paciência.Mas não o tempo que corre no relógio.

O tempo para a vida acontecer é outro. Trata-se do tempo natural, que rege o funcionamento da Terra, do universo........."As pessoas precisam observar mais a natureza e aprender com ela"diz Neusa Sauaia.

"E preciso ler os sinais que a vida traz"(N.S.)......

"Se as pessoas fossem mais espiritualizadas teriam valores mais humanistas"(A.S.)

É preciso estar disponível, de fato, para o outro.Entender o que ele precisa.
Às vezes ele nem solicita muito.Quer desabafar, contar uma história, jogar conversa fora.
Só que as pessoas andam tão impacientes que nem a isso se dispõem. Porém sempre é tempo(ele de novo!) de mudar, experimentar algo diferente: como aprender a ser paciente e perceber a vida acontecendo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Vixe!!! Num tive paciência pra ler esse, não!! kkk.
Bjs, Liane.

Unknown disse...

Certamente ninguém discordaria, no nível individual, das recomendações recolhidas por Dinah na VIDA SIMPLES, no entanto a abordagem de várias das referências de que se vale o longo artigo da revista é marcadamente individualizante – ou seja, transferem para o indivíduo a responsabilidade e a solução de um problema que diz respeito ao universo social. Se não chegam a fazer um a apologia da ordem de coisas existente, na prática, estimulam disfarçadamente um conformismo.
É como se nos recomendassem: é assim mesmo, adapte-se e tente não enlouquecer.
Em tempos que já vão longe o nome seria "despolitização".
O mais bem intencionado ergonomista não vai muito além disso.
Peguntaria, o que leva uma empresa a contratar - por exemplo - os serviços de um psicólogo organizacional? – Ameaça potencial ou efetiva à produtividade da empresa. Ao fim e ao cabo, o que o patrão quer é que todos voltem da dinâmica de grupo ou do consultório sempre mais produtivos e eficientes.
Para um psicólogo, um psicanalista, um antropólogo ou um consultor de empresa, escrever livros no conforto do gabinete receitando paciência é fácil, contudo, antes de recomendá-la aos funcionários, caberia perguntar se estamos dispostos a abrir mão de sequer uma fração da afluência de bens e serviços. Falando genericamente, enquanto consumidores e espectadores, não nos importamos com as regras que regem o trabalho por trás dos muros e escritórios de uma empresa ou de uma instituição desde que, ágil e eficientemente, nos forneçam os serviços que demandamos. Queremos nossos brinquedos não importa o preço de quem os produz – mesmo que os produtores estejam a um passo do psiquiatra ou do suicídio.
Reconhecer os efeitos negativos do estresse competitivo é clichê com o qual todos concordamos , porém ficamos colados à tv, mesmerizados pelas façanhas inúteis de Michael Phelps.
Não carece de forçar a teoria do caos para enxergar a relação existente.
Não sei se há alguma saída, mas se ela existe, tenho certeza de que não passa pela literatura de auto-ajuda e coisas semelhantes.
Não me surpreenderia se esse tipo de literatura – sempre lucrativa – recebesse novo impulso nestes tempos de crise.
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[Liane,exercite a paciência e deixe de lado essa preguiça baiana.]

Anônimo disse...

Pois eu venho fazer coro com Liane e dizer que ainda estou esperando um "tempo de calma" pra ler esta opinião e entende-la.

E acrescento: Ler o comentário do Nerd Mor só com duas vezes mais tempo de calma...

Beijão